Quem é Pedro Parente?

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O golpe parlamentar ocorrido no Brasil, admitido pelo atual Presidente ilegítimo da República, venho acompanhado de muitas surpresas e mudanças. A Petrobrás, vítima do entreguismo golpista, não passou ilesa dessa mudança e viu um novo político, Pedro Pullen Parente, assumir a presidência da companhia.

Bom, afinal de contas, quem é Pedro Parente?

Fizemos, aqui, um humilde histórico para que os petroleiros e petroleiras conheçam melhor o cara que lhes manda cartinhas quinzenais.

Pedro Parente, o político

Apesar de negar ser político, inclusive afirmando em carta enviada aos petroleiros e petroleiras (triste ver tamanha ignorância vir de alguém que ocupa um cargo tão importante), Parente está longe de ser um quadro 100% técnico.

Primeiramente, pois fora Temer que o indicou, politicamente, para o cargo da presidência da empresa.

Ademais, Pedro só pode ser presidente da Petrobrás por causa da sua atuação em cargos públicos. Isso ocorre pois ele não tem 10 anos de experiência na área da Petrobrás ou conexa, portanto, seu perfil “técnico” não lhe credencia sequer para ser diretor da estatal, quiçá presidente. O ex-ministro só se encaixa nas atribuições da nova “lei das estatais” por ter mais de quatro anos em cargo de confiança no setor público (mais político, impossível).

Pedro Parente, o privatista

Parente parece ser um entusiasta da venda dos patrimônios públicos.

No presente, ele trata a questão da privatização da Petrobrás como não madura (ainda, quem sabe daqui a uns meses?). Todavia, no passado uma matéria do Jornal Monitor Mercantil demonstrou a imensa insatisfação do então ministro de FHC, com “um reagrupamento de forças contrárias à continuidade do processo de privatização” no Brasil. Não apenas isso, no programa Roda Viva, o ex-Secretário Executivo do Ministério da Fazenda destacou “um processo de estímulo à privatização, tendo em vista ganhos de eficiência para a economia como um todo”.

E tem mais: Armínio Fraga e Pedro deixaram a entender que tudo caminhava para a venda dos bancos públicos CEF e BB. Não é atoa que a agenda de venda de ativos da Petrobrás, iniciada na gestão Bendine, se acelerou de maneira considerável depois do golpe. Parente é um profissional da privatização.


Pedro Parente e a corrupção

Em entrevista ao Estadão, Pedro Parente deixou claro sua confiança no Ministério Público brasileiro ao enaltecer a instituição que apontou quem “indicou a minoria que promoveu a roubalheira contra a estatal [Petrobrás]”.

Bom, se o MP é bom em apontar quem pratica roubalheiras, talvez ele acertou em indiciar Pedro Parente por improbidade administrativa no Conselho Monetário Nacional na década retrasada. Parente foi condenado em primeira instância (a mesma do juiz Sérgio Moro) a ressarcir a União, mas sua sentença foi revista pelo STF, nas mãos do ministro Gilmar Mendes. Vale salientar que Gilmar também foi ministro de FHC junto com Pedro – na Advocacia Geral da União – e o jornal O Globo ressaltou, em matéria recente, que Parente e Mendes faziam uma espécie de “dobradinha” no tempo que eram ministros (não parece ser muito ético tal situação).

Pedro Parente e o azar

Parente também deu o azar de trabalhar na vida privada de empresas presentes em escândalos de corrupção.

Na RBS, onde foi vice-presidente de 2002 até meados 2010, Pedro muito provavelmente deixou escapar, a despeito do alto cargo que mantinha, as mazelas na afiliada da Rede Globo que foram apontadas pela Operação Zelotes, desencadeada pela Polícia Federal.

Como presidente da Bunge, Parente também não conseguiu observar o possível  “histórico com irregularidades relativas ao meio ambiente e jornada de trabalho” praticados na Usina de Moema que foi adquirida no ano em que o ex-ministro assumiu a empresa.

Pedro Parente e a Petrobrás

Parente tem histórico de trabalho na Petrobrás como membro do Conselho de Administração da companhia, órgão que ele chegou, inclusive, a presidir. Os resultados de Pedro na companhia foram:

–       Vazamento na Baía de Guanabara;

–       Vazamento no rios Barigui e Iguaçu (que rendeu uma multa de R$ 1,4 bilhões a empresa);

–       Afundamento da maior plataforma da Petrobrás na época, a P-36 (e elogio ao presidente que causou a tragédia um mês depois do acontecido);

–       Aprovação do nome PetroBrax, na tentativa de privatizar a empresa.

Resumindo, Pedro Parente: 1) um privatista com baixa experiência na área de petróleo e com péssimos resultados no pouco que trabalhou; 2) um político que chegou a ser condenado a ressarcir a União e hoje é réu no supremo e 3) o ministro chefe da casa civil do mandato que quebrou o Brasil três vezes.

Você contrataria alguém com esse perfil para sua empresa?

Nem nós.